Bill Porter é um jovem especial. Ele nasceu com paralisia cerebral, o que lhe provocou dificuldades para aprender e para se comunicar, além de um corpo atrofiado, que lhe confere um caminhar claudicante e dores constantes. Americano de Portland, Oregon, durante a infância e a adolescência foi tratado por todos como retardado e incapaz, sendo cuidado pela mãe e atendido pelos programas do governo para portadores de deficiências.
Mas Bill era especial não no sentido físico ou intelectual – nisso ele era apenas diferente, e sim em sua inabalável determinação. Já adulto, decidiu que não podia se permitir continuar vivendo à custa da previdência e sob os cuidados de sua mãe. E foi justamente esta que lhe deu o apoio necessário, pois o ajudou a ver que ele pensava e caminhava mais lento que as outras pessoas, mas, apesar disso, pensava e caminhava. Bastava, portanto, que encontrasse um trabalho que fosse adequado ao seu ritmo, à sua velocidade.E Bill decidiu ser vendedor porta-a-porta.
Sua determinação foi fundamental desde o começo, pois teve as propostas de emprego negadas sistematicamente, até invadir o escritório do chefe de vendas da Watkins, uma empresa de produtos de limpeza, e desafiá-lo a lhe dar, para trabalhar, a pior parte do pior bairro da cidade de Portland, aquela que os demais vendedores haviam recusado. Talvez para se livrar do insistente candidato, o responsável deu-lhe a vaga. E nunca se arrependeu disso. Há quatro décadas Bill trabalha na mesma empresa, colecionando clientes, admiradores, prêmios de venda e até medalhas de honra. Tudo graças a seu imenso estoque de determinação, que substituiu com vantagens a inteligência tradicional e o vigor físico. Bill Porter é um homem que dá sentido ao ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
Mas Bill era especial não no sentido físico ou intelectual – nisso ele era apenas diferente, e sim em sua inabalável determinação. Já adulto, decidiu que não podia se permitir continuar vivendo à custa da previdência e sob os cuidados de sua mãe. E foi justamente esta que lhe deu o apoio necessário, pois o ajudou a ver que ele pensava e caminhava mais lento que as outras pessoas, mas, apesar disso, pensava e caminhava. Bastava, portanto, que encontrasse um trabalho que fosse adequado ao seu ritmo, à sua velocidade.E Bill decidiu ser vendedor porta-a-porta.
Sua determinação foi fundamental desde o começo, pois teve as propostas de emprego negadas sistematicamente, até invadir o escritório do chefe de vendas da Watkins, uma empresa de produtos de limpeza, e desafiá-lo a lhe dar, para trabalhar, a pior parte do pior bairro da cidade de Portland, aquela que os demais vendedores haviam recusado. Talvez para se livrar do insistente candidato, o responsável deu-lhe a vaga. E nunca se arrependeu disso. Há quatro décadas Bill trabalha na mesma empresa, colecionando clientes, admiradores, prêmios de venda e até medalhas de honra. Tudo graças a seu imenso estoque de determinação, que substituiu com vantagens a inteligência tradicional e o vigor físico. Bill Porter é um homem que dá sentido ao ditado “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”.
Um bocado de paciência
A história de Bill pode ser vista em www.watkinsonline.com/billporter, ou no filme Door to Door, produzido para a televisão em 2002, brilhantemente interpretado pelo ator William H.Macy e ganhador de quatro estatuetas do Emmy Awards 2003 (no Brasil, recebeu o título De Porta em Porta e pode ser encontrado nas locadoras).
Em uma das cenas mais comoventes do filme, o vendedor novato senta-se em um banco da rua para comer seu almoço, após ter realizado a primeira série de visitas oferecendo detergentes – todas infrutíferas e frustrantes. Ao desembrulhar o sanduíche que sua mãe lhe preparara, lê uma palavra escrita com molho de tomate sobre o pão. Ao virá-lo, encontra mais uma. A primeira era paciência, a segunda persistência.
Bill relata o impacto que as palavras pintadas no pão tiveram sobre seu estado de espírito, pois sem essas duas qualidades ele teria desistido muito cedo de sua saga de vendedor. O belo dessa história é que Bill não é único – ele é apenas um símbolo. A paciência e a persistência estão presentes em todas as histórias em que alguém conquista algo, troca uma situação por outra melhor, atinge um objetivo, realiza um sonho.
Preparar-se tecnicamente e estar no lugar certo na hora certa são atributos fundamentais, mas, considerando as dificuldades crescentes em todas as áreas da chamada vida moderna, elas são necessárias, mas não suficientes. Há qualidades humanas que a escola e outras facilidades não podem substituir. Entre elas está aquela que se convencionou chamar de determinação, que pode ser fracionada em paciência e persistência.
Porém, a determinação não pode estar divorciada do objetivo.O filósofo alemão Nietzsche disse que “quem tem por que viver agüenta qualquer como”. A sabedoria contida nessa curta frase é imensa. A paciência com a situação atual e a persistência sustentada por uma idéia têm compromisso com o futuro, que se deseja melhor. Continuar persistindo sem sucumbir às dificuldades e buscar forças em reservatórios que pareciam vazios dependem do compromisso com o objetivo, e este está sempre deslocado no tempo. Não está no aqui e no agora. Está no amanhã, em algum lugar. E é nessa combinação que reside a diferença entre os que persistem e se aquietam diante do insucesso momentâneo e os que se impacientam e se desesperam.
Paciência e persistência são atributos raros, especialmente quando combinados. A boa notícia é que eles podem ser aprendidos, e há bons mestres nessa matéria. O primeiro mestre é a experiência própria. O segundo é a história, presente nos livros, nos companheiros mais velhos, nos pais, nos conselheiros. A história de quem já viveu, já experimentou e por isso pode contar ofilme sabor da vida, que de amarga pode se tornar doce quando a perseverança vence a indolência e a desesperança.
Em uma das cenas mais comoventes do filme, o vendedor novato senta-se em um banco da rua para comer seu almoço, após ter realizado a primeira série de visitas oferecendo detergentes – todas infrutíferas e frustrantes. Ao desembrulhar o sanduíche que sua mãe lhe preparara, lê uma palavra escrita com molho de tomate sobre o pão. Ao virá-lo, encontra mais uma. A primeira era paciência, a segunda persistência.
Bill relata o impacto que as palavras pintadas no pão tiveram sobre seu estado de espírito, pois sem essas duas qualidades ele teria desistido muito cedo de sua saga de vendedor. O belo dessa história é que Bill não é único – ele é apenas um símbolo. A paciência e a persistência estão presentes em todas as histórias em que alguém conquista algo, troca uma situação por outra melhor, atinge um objetivo, realiza um sonho.
Preparar-se tecnicamente e estar no lugar certo na hora certa são atributos fundamentais, mas, considerando as dificuldades crescentes em todas as áreas da chamada vida moderna, elas são necessárias, mas não suficientes. Há qualidades humanas que a escola e outras facilidades não podem substituir. Entre elas está aquela que se convencionou chamar de determinação, que pode ser fracionada em paciência e persistência.
Porém, a determinação não pode estar divorciada do objetivo.O filósofo alemão Nietzsche disse que “quem tem por que viver agüenta qualquer como”. A sabedoria contida nessa curta frase é imensa. A paciência com a situação atual e a persistência sustentada por uma idéia têm compromisso com o futuro, que se deseja melhor. Continuar persistindo sem sucumbir às dificuldades e buscar forças em reservatórios que pareciam vazios dependem do compromisso com o objetivo, e este está sempre deslocado no tempo. Não está no aqui e no agora. Está no amanhã, em algum lugar. E é nessa combinação que reside a diferença entre os que persistem e se aquietam diante do insucesso momentâneo e os que se impacientam e se desesperam.
Paciência e persistência são atributos raros, especialmente quando combinados. A boa notícia é que eles podem ser aprendidos, e há bons mestres nessa matéria. O primeiro mestre é a experiência própria. O segundo é a história, presente nos livros, nos companheiros mais velhos, nos pais, nos conselheiros. A história de quem já viveu, já experimentou e por isso pode contar ofilme sabor da vida, que de amarga pode se tornar doce quando a perseverança vence a indolência e a desesperança.
Jane Oliveira
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